Admirável Mundo Novo
- Fernando Carlos
- 17 de jul. de 2019
- 13 min de leitura

Aldous Huxley
Meu livro preferido que tem como característica a distopia como visão de um mundo perfeito. O autor, considerado polêmico e altamente intelectualizado, tem uma visão crítica ao marxismo. Inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley. Passou parte da sua vida nos Estados Unidos, e viveu em Los Angeles de 1937 até a sua morte, em 1963, um ano depois da publicação de sua maior obra que até hoje é referência em assuntos de filosofia, sociologia e literatura, já que é a primeira obra que apresenta uma sociedade distópica e referencia para as que seguiram.

Com uma história que assombra os menos avisados, no início não temos uma empatia, por ser muito descritivo, mas aos poucos vamos nos familiarizando com os personagens
Em 1999, a Modern Library classificou essa obra como a quinta melhor em sua lista dos 100 melhores romances da língua inglesa no século XX. Nome original “Brave New World” é um romance escrito em 1931 e publicado em 1932. A história se passa em Londres no ano 2540 e faz uma crítica ao fordismo e sua linha de produção. Um dos personagens representa Henry Ford, mas na obra o autor troca por Freud. Sua fama se deve a colocar temas que nem se cogitava na década de 20, como a inseminação artificial, “o Bebe de Proveta,” manipulação psicológica, embora os estudos de Pavlov (1849-1936) e condicionamento clássico estavam em pleno avanço, mas somente em laboratório, nunca em humanos, a "psicologia da aprendizagem" de Watson (1878-1958), e Skinner (1904-1990), também conhecido como sistema de punição e recompensa ou ao comportalismo (Behaviorismo) que vamos ver logo no início da obra e dessa forma, Huxley antecipa todas essas novidades e os desenvolvimentos em tecnologia no geral, que se combinam para mudar profundamente a sociedade.

O inicio do livro mostra como era essa sociedade, não existia família, pois as pessoas eram fabricadas em laboratório, como numa linha de produção, mas as pessoas não eram iguais, pelo contrário, eles manipulavam geneticamente para sair 5 tipos de pessoas ou castas.
A partir de agora, a base da minha resenha está baseada no texto do blog de Luiz Guilherme de Baurepaire, que é o autor e responsável pela seleção dos livros e resenhas no blog “bonslivrosparaler.”
Então, continuando eles “fabricavam” cinco tipos de seres humanos: Alpha, Beta, Gama, Delta ou Epsilon, sendo três classes inferiores, Gama, Delta e Epsilon que serviam a duas classes superiores Alpha e Beta. Durante o período de gestação, os embriões viajam em garrafas ao longo de uma correia e são transportados para serem manipulados e saírem condicionados a pertencer a uma das cinco castas. Os embriões Alpha estão destinados a se tornarem líderes e pensadores do Estado Mundial. As castas Beta e Gama nascem para serem condicionadas a serem um pouco física e intelectualmente capaz. Os Deltas e os Epsilons nascem atrofiados por falta de oxigênio provocados para que seja mais retardados, além de tratamentos químicos e estão destinados ao trabalho mais duro; são resistentes à poluição e fisicamente mais fortes e marginalizados.

Isso explica como nesse novo mundo gerava humanos artificiais para qualidades especificadas. O casamento era considerado algo absurdo e foi abolido, ensinado nas escolas como algo asqueroso que deveria ser evitado, coisa de selvagens. Os embriões humanos não crescem dentro do ventre de suas mães, mas em garrafas. O condicionamento era dado em aulas a noite. Existia uma gravação para fazer uma lavagem cerebral, com frases que se repetiam infinitamente como verdades enquanto eles dormem. Tudo era pré-determinado até os níveis de força, inteligência e aptidão necessárias para determinados postos de trabalho quando adultos. Outra coisa é que todos eram condicionados era que os cidadãos da sociedade deveriam ser sempre felizes e ter uma aptidão para o trabalho, desejar isso, algo instintivo, como necessidade de fazer tal serviço. A tal da hipnopédia, ou seja, ensinar as pessoas enquanto dormem, era para plantar sugestões que as levarão a se comportarem de determinadas maneiras.

As pessoas têm um conhecimento do passado histórico como algo ruim, abominável e jamais querem que algo do passado volte para sua civilização ou qualquer coisa que possa mudar o presente. Outro princípio é que as pessoas não devem ter emoções. A felicidade cega é necessária para a estabilidade. E para alcançar a felicidade, é dever abrir mão do conhecimento da ciência, da arte, da religião e de outras coisas que valorizamos no mundo real. Uma das coisas que garantem essa felicidade é uma droga chamada soma, um comprimido que acalma o indivíduo alterando a sua sensibilidade, mas sem deixá-lo de ressaca e é tomando seis vezes ao dia. Caso uma pessoa começa a reclamar de algo ou er um comportamento incompatível com a felicidade, seu colega do lado pergunta: Você tomou sua dose de Soma certinho?
Como podemos ver, nesse mundo temos uma sociedade extremamente científica, onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais da sociedade, essa sociedade não possui ética religiosa e valores morais. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga Soma sem efeito colateral. As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida e o sexo é usado exclusivamente para a busca de prazer e a promiscuidade é incentivada para que não haja envolvimento emocional com um parceiro fixo, já que o conceito de família também não existe.

Paralelamente a esse mundo perfeito e estável, evoluído e super desenvolvido, existe um território, um “reduto” onde vivem pessoas dentro dos moldes do passado, uma espécie de “reserva histórica” – semelhante às atuais reservas indígenas – onde se preservam os costumes “selvagens” do passado, onde habitam resquícios de uma sociedade obsoleta esquecida pelo mundo novo, abandonada pela própria sorte em que vivem os selvagens, que seriam os seres humanos que tem os conceitos e cultura que conhecemos e que fazem sexo por amor, sentem fome e dor, sofrem, enfim, representam a nós mesmos e os evoluídos mantiveram essa população excluída do mundo deles para não se contaminar com tais vícios e para eventualmente visitarem para pesquisas, mas numa dessas visitas o grupo expedicionário esqueceu acidentalmente uma mulher chamada Linda, uma Beta-Menos, que acabou se envolvendo com essa gente. Teve um filho chamado John, O Selvagem e antigo amor perdido de Thomas. Ela é da Inglaterra e ficou grávida de John quando se perdeu de Thomas em uma viagem para o Novo México. Ela é desprezada tanto pelo povo selvagem, por causa de seu comportamento "civilizado", quanto pelo povo "civilizado" por sua aparência antissocial. Seu sobrenome é uma referência ao mago e escritor inglês Aleister Crowley (12 de Outubro de 1875 – 1 de Dezembro de 1947). Crowley também escrevera muitos artigos mágicos sobre uma utópica sociedade perfeita chamada Cidade das Estrelas.

Quando Linda se percebeu esquecida nessa região chamada Malpaís e sem o Soma para aliviar a dor, acabou se prostituindo e se drogando. Nasce esse filho de uma mulher evoluída nascida de uma proveta e se torna um selvagem, como eram chamados e certamente essa criança, batizada como John, cresce com muito mais habilidade que os outros e com certas aptidões que o torna diferenciado dos demais e ele encontra as obras de Shakespeare e consegue decorá-la por inteiro e vive declamando versos da obra a todo instante e um deles é justamente: Ah, que admirável mundo novo. O nome John faz referência ao João da Bíblia, apóstolo de Jesus Cristo. John descobre por que sua mãe começou a se prostituir e se drogar. Popé, um nativo de Malpaís, foi o responsável pela má fama de Linda e dos sentimentos de ódio pela população contra ela. Ele dormiu com ela e depois trouxe mais dois "Mescal" e "Peyotl" introduzindo drogas nativas que, segundo Linda deixam-na indisposta e com náuseas, ele ainda mantém as crenças tradicionais de sua tribo. John tenta matá-lo, quando ainda era pequeno.

No mundo evoluído temos um personagem atípico, que não saiu perfeito como os da sua casta. O personagem Bernard Marx, Alfa-Mais, Psicólogo especializado em hipnopedia (Bernard em referência ao Bernard Shaw e Marx em referencia a Karl Marx). Ele rebela- se e se torna insatisfeito com o mundo onde vive, em parte porque é fisicamente diferente dos integrantes da sua casta (por um defeito de fabricação) e por isso é perseguido pelo seu superior Thomas "Tomakin", Alfa, Diretor de Incubação e Condicionamento (D.I.C.) de Londres.
Ele conseguiu uma informação de que seu desafeto chefe tinha realizado, com uma amante (o amor era livre), uma viagem para o reduto dos selvagens. Desta viagem só retornou o seu chefe, que visivelmente, abandonou Linda, já grávida por ele nesse território propositalmente, pois uma gravidez por sexo seria algo pavoroso para a comunidade. Bernard resolve investigar e viaja para este local “primitivo” e lá ele encontra uma mulher oriunda da civilização chamada Linda e o filho dela, chamado John e consegue trazê-los para o novo mundo. Obviamente houve muita expectativa dos evoluídos e verem os tais selvagens e uma estranheza dos dois em conhecer um mundo totalmente tecnológico, onde para se comer algo, bastava fazer o pedido para uma máquina, que na mesma hora a comida surgia, como mágica. Eles passaram por uma fase de adptação.

Bernard vê uma possibilidade de conquista de respeito social pela apresentação de John como um exemplar dos selvagens à sociedade científica e civilizada. Linda era a amante do seu chefe e John um filho concebido do amante por descuido.
Para a sociedade civilizada futura idealizada por Huxley, ter um filho era um ato obsceno e impensável, ter uma crença religiosa era um ato de ignorância e de desrespeito à sociedade. Desta forma, Linda, quando chega à civilização é rejeitada pela sociedade.
Seu filho John é recebido como algo aberrante, mas cria um fascínio estranho por suas impressões humanas e sensíveis entre os habitantes do “Admirável Mundo Novo”.
A sensibilidade e liberdade de pensamento que John expressa provoca um contraponto com a sociedade que eles acreditavam perfeita e muitos preferem partir para novas experiências. O livro traça o contraste entre o ‘moderno” e o “atrasado”, tecendo críticas pungentes ao desenvolvimento “prodigioso” da ciência, que, segundo o autor, ao contrário de promover benesses à sociedade, contribuiu para o surgimento de diversos problemas de ordem social que posteriormente não seriam resolvidos. Sob esta perspectiva, a personagem John – “o Selvagem” – confronta-se diretamente com o mundo moderno, reiterando a impossibilidade de convivência entre o tradicionalismo e o mundo da ciência.

John conhece Lenina Crowne (nome que faz referência a Lenin), uma Beta-Mais, Vacinadora no Centro Incubação e Condicionamento. Quanto ao vestuário, cada casta usa uma cor específica para a roupa e todas as roupas são idênticas na forma. Betas usam Amora, Gamas usam Verde, mas Lenina usa verde, porém sempre diz que está feliz por não ser uma Gama. Ela fica muito interessada em fazer sexo com o selvagem e passa a ser amada por John, o que não é recíproco, pois os evoluídos não amam, só fazem sexo por prazer. Bernard Marx TAM,bem tem um sentimento de amor por Lenina, pois ela é extremamente atraente e simpática, inteligente e no momento seu companheiro é Henry Foster, Alfa, administrador de Incubação. A situação fica confusa, pois John a procura para assediá-la, mas recua quando ela tira sua roupa para fazer sexo. Ele se assusta e fiz que só faria sexo se ela realmente o amasse e ela não compreende isso. Ele tenta explicar o que é o amor, falando que por ela ele mataria um leão, mas ela fala, que bobagem, se temos máquinas para isso. Ele então diz que lamberia o chão que ela pisa, mas ela fica mais irritada, dizendo que existe máquinas para fazer esse serviço melhor que uma língua e que tudo aquilo parece loucura. Por outro lado, Bernard sente algo como ciúmes ou coisa parecida

O fato é que o selvagem ao entrar nesse mundo, muda o pensamento lógico dessa sociedade perfeita e ele mesmo passa a se sentir angustiado por ter tudo que ele nunca imaginou poder ter e estar sem o amor de Lenine
Aldous Huxley predisse em 1932 uma raça humana que, no ano de 2540, seria destruída pela ignorância, teria um desejo constante de entretenimento, teria o domínio da tecnologia e uma superabundância de bens materiais e o personagem John é o contra ponto da irracionalidade dessa sociedade.
Ele é chamado pelo líder máximo Mustapha Mond Alfa-Mais-Mais, administrador Residente da Europa Ocidental. Um dos dez Administradores Mundiais (os outros nove, presumidamente, devem atuar em diferentes localidades do mundo.), que é o responsável para a manutenção daquela sociedade, que nunca precisou ter que usar a força para reprimir uma revolta ou qualquer conflito entre pessoas. Tenta explicar que se temos uma sociedade planificada e condicionada a exercer uma função específica, cada indivíduo se sente feliz com a função exercida e a faz perfeitamente. John questiona que eliminar a criatividade humana poderia gerar uma revolta. Ele diz que jamais. Não é verdade: a criatividade reprimida era perfeitamente compensada com a ingestão regular do Soma, droga aparentemente inócua que era produzida e distribuída pelo Estado e que poderia aliviar qualquer desejo de criatividade que o indivíduo sentisse estar reprimida, sem que isto pudesse afetar de alguma maneira a ordem que já estava mantida há muito tempo.

Sua mãe, ex-moradora do mundo novo, se encontra drogada e sem nenhuma consciência, já não reconhece seu filho John. A frieza de Lenine, o não envolvimento amoroso por parte dela e a frustração que ela demonstrou por ele não a satisfazer sexualmente o faz entrar em depressão. Ele tenta em vão mostrar que amar, se apaixonar é algo vital, que dá sentido a vida, mas é inócuo aos sentimentos dela, se é que ela tem sentimentos. Existe uma espécie de julgamento onde a sentença é dada pela sua própria consciência e ele se condena a ficar numa jaula, para ficar próximo a Lenine, mas isolado de tudo e de todos.
Ele fica numa jaula aberto para o mar para que visitantes possam vê-lo pescar e se autor prover como um animal num zoológico. Certo dia ele vê Lenina entre os visitantes e tenta chamar sua atenção em vão.
Como se vê, tratava-se de uma sociedade de autômatos, na qual não era necessário recorrer à repressão violenta porque simplesmente não havia o mínimo risco de ocorrer qualquer tipo de revolta, o livro desenvolve-se a partir do contraponto entre esta hipotética civilização ultra-estruturada (com o fim de obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do "selvagem" John que, visto como algo aberrante, cria um fascínio estranho entre os habitantes do "Admirável Mundo Novo".
Seja qual for a interpretação que daremos a esse livro, uma coisa é certa: existem muitas coincidências entre o ano de 2540 e os dias de hoje. E não é à toa que esse livro está voltando a ser lido por aqueles mais sensíveis aos movimentos autoritários que vemos surgindo nos dias atuais. Por isso, indico “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, como um livro que merece um lugar de destaque na sua estante. (análise sobre o livro por Luis Nassif. Colunista de O Jornal de todos os brasis, 03/09/2012)

Certamente existe uma crítica explícita ao Leninismo por Aldous Huxley e isso fica evidente pelos nomes e referencias na obra. Outros nomes citados temos Polly Trotsky, (Casta indefinida), uma menina que brinca de jogos eróticos no jardim do Centro Incubação e Condicionamento; Henry Foster que conversa sobre ter relações com Lenina com Bernard. Fanny Crowne, Beta, embriologista; George Edzel, (Casta indefinida), amigo de Lenina, viajou com ela para o Pólo Norte; Benito Hoover, Alfa, amigo de Lenina. Convidou-a para viajar para o Pólo Norte com ele (mas ela preferiu o convite de Bernard para o Novo México); Helmholtz Watson, Alfa-Mais, Professor do Colégio de Engenharia Emocional, melhor amigo e confidente de Bernard Marx e John, O Selvagem; Miss Keate, Diretora do Colégio Eton; Primo Mellon, um repórter do jornal para castas superiores Rádio Horário que tenta entrevistar John; Darwin Bonaparte, um paparazzo que traz a atenção do mundo para o eremita John.

As referência ao verdadeiros citados:
Henry Ford, que se transformou numa figura messiânica para o Estado Mundial. "Oh Ford" ou "Nosso Ford" (our Ford), é usado no lugar de "Oh Senhor" ou "Nosso Senhor" (our Lord), como crédito por sua invenção da Linha de Montagem. Ford é o idealizador do modelo industrial focado na mecanização, padronização da produção e divisão do trabalho em etapas, com separação entre trabalho manual e intelectual. O papel do estado neste modelo seria o de agente regulador.
Sigmund Freud, "Nosso Freud" (our Freud) é algumas vezes citado no lugar de "Nosso Ford". A junção de Ford e Freud no mesmo personagem pode dever-se à tentativa de Freud de organizar o aparelho psíquico, sugerindo que cada sistema teria sua função, o que remete ao modelo de Ford. O conflito entre a satisfação da sexualidade e a repressão ética e moral toma forma com a “segunda teoria tópica”, na qual o SUPEREGO julga, critica, censura e proíbe, baseado nas regras aprendidas com os pais e educadores.

H.G.Wells "Dr. Wells", Escritor britânico e socialista utópico, cujo livro Men Like Gods foi um incentivo para Admirável Mundo Novo. Huxley escreveu em suas cartas: "All's well that ends Wells" (claro jogo de palavras utilizando o conhecido provérbio "Tudo bem quando termina bem" utilizado também por Shakespeare como título de uma de suas peças) para criticar Wells por seus pressupostos antropológicos ao qual Huxley achava irrealista.
Ivan P. Pavlov um dos teorizadores do condicionamento clássico (outro teorizador foi o psicólogo estadunidense John B. Watson, possivelmente o personagem Helmholtz Watson serve de alusão para John B. Watson). No romance o condicionamento clássico é utilizado em bebês.
Willian Shakespeare cujas peças banidas são citadas em várias partes do romance por John, O Selvagem. As peças citadas incluem Macbeth, A tempestade, Romeu e Julieta, Hamelt, Rei Lear, Sonho de uma Noite de Verão,Medida por Medida e Otelo.

Karl Marx filósofo alemão que escreveu, entre outros, O Manifesto Comunista, no qual aborda temas sociais como a alienação do trabalho humano e a luta de classes. O personagem Bernard Marx, questionador da sociedade em que vive, recebeu o sobrenome adequadamente.
Charles Darwin naturalista britânico, publicou “A Origem das Espécies”, onde propôs a teoria da seleção natural. Desta forma ele evidenciou, assim como fez Darwin Bonaparte, nossa origem selvagem e primitiva.
Napoleão Bonaparte comandante de exército, filósofo e político. Teve seu nome citado talvez por ter apoiado o movimento revolucionário, contrariando a imensa maioria dos oficiais formados nas academias francesas, acessíveis somente à elite aristocrata.
Thomas Malthus cujo nome é usado para descrever a técnica anticonceptiva (cinto malthusiano) praticado pelas mulheres do Estado Mundial. Darwin, na concepção de sua teoria da seleção natural, considerou o raciocínio de Malthus, de que a população humana aumenta mais rapidamente que a produção de alimentos. Darwin concluiu que isso levaria a uma competição na qual o mais apto sobreviveria.

Filme
Admirável Mundo Novo – Brave new Word (1998). Direção: Leslie Libman, Larry Williams. Em uma sociedade totalitária e utópica, onde não existem crimes, guerras e doenças, a comunidade é perpetuada através de seres humanos geneticamente criados, bebês que nascem com seu destino preparado por um governo que sabe tudo, que vê tudo e que está presente em todas as instâncias da vida de seus cidadãos. No entanto, essa estrutura social começa a ter suas fundações abaladas quando um forasteiro chega.
Aldous Huxley escreveu Admirável Mundo Novo, visão pessimista do futuro e crítica feroz do culto positivista à ciência, num momento em que as consequências sociais da grande crise de 1929 afetavam em cheio as sociedades ocidentais, e em que a crença no progresso e nos regimes democráticos parecia vacilar.

Publicado em inglês antes da chegada de Hitler ao poder na Alemanha (1933), Admirável Mundo Novo denuncia a perspectiva “de pesadelo” de uma sociedade totalitária fascinada pelo progresso científico e convencida de poder oferecer a seus cidadãos uma felicidade obrigatória. Apresenta a visão alucinada de uma humanidade desumanizada pelo condicionamento pavloviano e pelo prazer ao alcance de uma pílula (o “soma”). Num mundo horrivelmente perfeito, a sociedade decide totalmente, com fins eugenistas e produtivistas, a sexualidade da procriação. (por Ignácio Ramonet)
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