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Filme Dom (Dom Casmurro)

  • Foto do escritor: Fernando Carlos
    Fernando Carlos
  • 31 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Baseado na obra de Machado de Assis




Dom (2003). Filme de estreia de Moacyr Góes como diretor.. Bento (Marcos Palmeira) é um homem cujos pais, apreciadores de Machado de Assis, resolveram batizá-lo com este nome em homenagem ao personagem homônimo do livro "Dom Casmurro". Tantas vezes foi justificada a razão da homenagem que Bento cresceu com a idéia fixa de que seria o próprio personagem e destinado a viver, exatamente, aquela história. Até chamava sua amiga de infância no Rio de Janeiro.


Ana (Maria Fernanda Cândido), de Capitu. Seus amigos, conhecedores do seu sentimento de predestinação, lhe apelidaram de Dom. Bento e Ana separaram-se quando a família do menino mudou-se para São Paulo. Já adulto, Bento foi trabalhar como engenheiro de produção e vinha freqüentemente ao Rio. É lá que Dom reencontra a sua Capitu e dali renasce o romance da infância, só que, agora, avassalador.


Machado de Assis é nosso Shakespeare nacional e isso é inconteste. Adaptar uma obra dele para o cinema é para gente grande, ainda mais Dom Casmurro, que já existem centenas de teses sobre a obra. Quando foi apresentado no festival de Gramado foi considerado como uma ofensa ao Dom Casmurro de Machado de Assis e do ponto de vista cinematográfico não viram nenhum elemento positivo, nenhum aspecto fílmico bem utilizado, uma brincadeira de péssimo gosto e foi vaiada com vigor. Diferente do que é o romance original, aqui o filme conta a história de um triângulo amoroso envolvendo Bento (Marcos Palmeira), Ana Capitu (Maria Fernanda Cândido) e Miguel (Bruno Garcia) e não é isso que Machado escreveu, isso é coisa da cabeça do Bento Santiago, mas somente depois de sua morte. Nem fica claro que existiu tal triângulo.


A candura da atriz Maria Fernanda Cândido nos remete ao personagem Capitu, boa escolha, mas no roteiro temos a inversão de intenção, pois na obra original, ela quem faz com que Bentinho largue o seminário e abandone sua carreira de padre, aqui é ela quem abre mão do seu trabalho, muda-se para São Paulo, onde Bento trabalha como engenheiro. Sobre o ciúmes doentios que

Bento nutre por Ana não se refere a uma provável paranóia, apenas a idéia de que seu melhor amigo, Miguel esteja tendo um caso com a sua esposa, Capitú. O grande mérito do diretor Moacyr Goes foi de arrancar de Maria Fernanda Cândido uma atuação exuberante, mas do resto pecou pela previsibilidade, seu desenrolar é muito previsível, o que faz com que o espectador apenas aguarde a confirmação do que já tem em mente.



 
 
 

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