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Filme: São Bernardo (1973).

  • Foto do escritor: Fernando Carlos
    Fernando Carlos
  • 28 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Direção de Leon Hirszman, Sinopse: Paulo Honório (Othon Bastos), um sertanejo de origem pobre que, em uma empreitada financeira, se torna dono da decadente fazenda de São Bernardo em Viçosa, Alagoas. Determinado a fazer fortuna e ascender socialmente ele recupera a fazenda, consegue entrar para a economia rural e casa-se com a professora da cidade, Madalena (Isabel Ribeiro). Os problemas começam quando as diferenças de Paulo e sua esposa se acentuam.

O filme é baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos e incrivelmente fiel a obra original, frases literalmente destacadas do livro do livro de Graciliano Ramos, num dos melhores filmes produzidos na década de 70, comparável ao sensacional filme Menino de Engenho, adaptação do livro de José Lins do Rego.


Leon Hirszman escolheu o elenco de acordo com as características dos personagens da obra, mas a exigência era que cada um acreditasse piamente no que se tratava representado e conhecer a intenção, já que Gracileano Ramos é assumidamente comunista e a obra faz uma crítica ao capitalista selvagem na figura de Paulo Honório, que discute outras teoria como o império, a república, o regime fascista e o comunismo.

Recorrendo ao site adorocinema, trazemos algumas curiosidades: “São Bernardo ganhou Melhor Ator, com a atuação de Othon Bastos, Melhor Fotografia e Menção Especial no II Festival do Cinema Brasileiro de Gramado. Melhor Diretor, Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz, para Isabel Ribeiro no VII Prêmio Air France de

Cinema. Ganhou o "Troféu Carlitos" no Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), o prêmio "Margarita de Prata" da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Melhor Diretor, Melhor Cenografia, Melhor Atriz Secundária, para Vanda Lacerta e o Prêmio "Coruja de Ouro" do Instituto Nacional de Cinema e, por fim, Melhor Atriz, Composição e o troféu "Pelé de Ouro" no II Festival de Cinema de Santos. Este foi o primeiro filme distribuído pela Embrafilme; o filme teve problemas com a censura, que o reteve por sete meses, o que ocasionou a falência da produtora Saga, da qual Hirszman era um dos sócios


O filme participou da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, do FilmForum de Berlim e do Festival de Pesaro, na Itália. Eleito como o vigésimo melhor filme brasileiro de todos os tempos segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

A minha crítica ao filme só existe elogios, ainda mais que sou fã dos atores como Othon Bastos, Mario Lago, Izabel Ribeiro e o grande Jofre Soares. Quando a parte técnica, perfeita em tudo: a fotografia, o roteiro, a direção, os diálogos (quwe basicamente é retirado como está no livro), enfim achei tudo perfeito não consegui retirar nenhum ponto na minha avaliação que teve nota 10. A tralha sonora, surpreendentemente é de Caetano Veloso, que basicamente são murmúrios, levando-nos a um mundo mítico, mas sombrio como é a mente do personagem principal.

 
 
 

1 Comment


fabiovianaradialista
Dec 28, 2018

Veja bem como é interessante o trabalho que o amigo Carlos Fernando faz literatura e cinema nacional, temos aqui o clássico do cinema nacional sobre a cobiça inspirado no livro homônimo de Graciliano Ramos, o drama “São Bernardo”, dirigido por Leon Hirszman que foi premiado em vários festivais de cinema. Bastante elogiado pela crítica é considerado como uma obra extremamente coesa, de uma unidade estética primordial. Leon Hirszman foi extremamente capaz de transpor as características principais do romance seminal de Graciliano Ramos e, além de atingir o tão almejado título de obra fiel ao original, estabeleceu-se enquanto obra-prima do cinema brasileiro por uma coerência, unidade e ritmo estético impressionante. Assisti em duas ocasiões este belo filme na TV Brasil…

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