Madame Bovary
- Fernando Carlos
- 1 de mai. de 2019
- 13 min de leitura

De Gustave Flaubert
Para comentar essa obra clássica, eu fiquei a madrugada inteira do dia 30 de Abril de 2019 ouvindo e assistindo todos os vídeos de resenhas, opinião, palestras postadas no youtube para saber as diversas opiniões de pessoas que leram e que tenham conhecimento de literatura em geral e foi por volta de 50 vídeos todos realizado por brasileiros, isso porque em conversas paralelas com amigos, a grande maioria que falavam sobre Madame Bovary ou não gostaram ou mal diziam sobre a protagonista, xingando de vadia, mundana, destruidora da família e daí para pior. O que me chamou a atenção nos vídeos assistidos, é que a maioria das mulheres condena Emma, sendo que a intenção do autor era justamente dar a mulher mais liberdade de escolha e mostrar que ela tem voz e direto igual a dos homens, mas não fui o que percebi.
A obra se insere na escola literária do Romantismo, que perdurou até meados do século XIX, mas na segunda metade do século XIX tivemos várias obras que mudaram os rumos da escrita literária, justamente pelo avanço na ciência e do pensamento social, com a publicação de obras como A Origem das espécies de Charles Darwin, que colocava que os mais aptos eram o que prevalecia na natureza e deu origem ao Darwinismo social, o Capital e o manifesto comunista de Karl Marx e vejam que ambos se chamam “Carlos” e não é a toa que o personagem principal tem o nome de Charles Bovary e correntes filosóficas fundamentais como o positivismo de August Comte, além da segunda revolução industrial na Inglaterra com a invenção da máquina a vapor, provocando um êxodo rural para as grandes cidades, criando uma desigualdade social não prevista e não suportável com grandes crises devido a superpopulação e doenças.

Exatamente em 1851 tivemos o início de duas obras, uma no Brasil, chamada Memórias de um Sargento de Milícias de Manuel Antônio de Almeida e outra na França chamada Madame Bovary de Gustave Flaubert que iriam revolucionar definitivamente os rumos da história da literatura, obra revolucionária em todos os aspectos, mas o mais importante é que pretendiam fazer uma análise crítica a sociedade burguesa de sua época. Ambas se colocam o adultério no centro da trama e ambas têm um anti-herói como protagonista, na primeira o Leonardo, que é um malandro e um conquistador incorrigível, inclusive dando em cima da esposa do melhor amigo e é correspondido e na segunda uma mulher que busca sua felicidade e auto-realização com homens fora do casamento, uma adultera sem pudor e uma mãe cruel negligente.
Gustave Flaubert tinha escrito outros livros, mas seu último que falava de Sant antão fui criticado por seus dois amigos escritores que pediram para ele queimar a obra, pois ninguém queria saber sobre vida de santos, mas sim de romances como os de Vitor Hugo, como o Corcunda de Notre Dame, livro gigantescom com mais de 600 páginas. Deram para ele duas histórias verídicas para ele adaptar. Uma delas era sobre uma mulher que passava por muitas dificuldades financeiras e preferiu se suicidar e essa obra ele guardou como inspiração, mas resolveu fazer inédita, uma obra prima ficcional dele próprio e fez, mas sua intenção era denunciar a hipocrisia da pequena burguesia que colocava a mulher como uma escrava do home ao se casar e antes não era nada mais que uma moeda de troca, isso é, a mulher era usada para unir famílias através de casamentos arranjados, sem amor ou desejo, mas sim a vontade do pai, bem oposto do que autores do romantismo colocavam em suas histórias e nossa heroína Emma era justamente uma ávida leitora desse tipo de romances e sonhava em vivê-los intensamente ao se casar, já que vivia com sua família e ao falecer sua mãe, teve que cuidar da chácara juntamente com seu pai e a rotina era abrandada quando podia ler tais romances, o que a levava a um mundo idealizado por escritores que criavam uma falsa realidade. Flaubert tinha uma amante, mas teve várias amantes antes de escrever essa obra e muitas delas eram casadas, portanto ele não inventa coisas mas sim viveu tais situações e pode colocar de forma bastante realista na sua obra tais fatos.

Por que tanta polêmica e por que é uma obra essencial e está entre as 100 obras mais importante do mundo? Em primeiro lugar pela inovação da escrita. No Romantismo era um consenso que o autor tivesse uma idéia de uma trama, idealizava os personagens, não refletia sobre a realidade e verossimilhança e deixasse fluir naturalmente de sua mente para o papel, deixando que toda sua emoção interna conduzisse o roteiro, sem repensar na frase ou capítulo, mas com o cuidado de coerência emocional individualista com intenção de emocionar quem fosse ler. Obras gigantescas se produziram nessa época. Flaubert se baseou em fatos reais, uma diferença gritante, também em sua vivência pessoal, não tão inovador, mas também não eram personagens idealizados, pelo contrário, personagens bem reais e de fácil identificação na sociedade burguesa emergente. O que foi radicalmente inovador e personalístico é que a técnica de escrever. Ele buscava a palavra mais adequada para exprimir seu sentimento em determinada cena e uma forma rebuscada para compor o parágrafo, com métrica e sonoridade rítmica para que desse fluência ao ler. Isso é realmente algo importante para a posteridade, mas realmente não importava tanto naquela época, pois todos queriam ler a trama e não se preocupava com a forma. O autor levou 5 anos para conclusão da obra, que foi lançada em, folhetim, capítulo a capítulo e portanto é se se supor que a obra é curta, em torno de 100 páginas no final. Tinha dias que Flaubert escrevia apenas uma frase, outros dias ele reescrevia uma página 10 vezes para chegar ao que ele achava que estaria perfeita, que as palavras seriam exatas. Obviamente não é uma obra fácil de ler, não existe uma linguagem coloquial, embora fosse escrito na terceira pessoa, em que o narrador é onisciente, é difícil fluir com rapidez na leitura,. O autor também comentava na história, coisa que o nosso Machado de Assis também fazia, isto é, se meter na história que ele mesmo estava contando, dando sua opinião.

Flaubert foi processado por escrever o folhetim antes que virasse um livro por ir contra os bons costumes, mas venceu, embora, diferente da maioria dos vídeos que falam que esse livro foi um sucesso de vendas, pelo contrário, despertou grande curiosidade em saber o por que do processo e tanta polêmica, foi um fracasso na época, já que esperavam coisas mais tórridas como descrições sórdidas de sexo, mas em nenhuma frase isso se deu, somente uma cena em que Madame Bovary está na carruagem com seu amante, o cocheiro percebe que a carruagem está balançando muito e para não despertar a curiosidade dos transeuntes, ele fica horas rodando sem poder parar. Embora sabemos que o casal está numa relação sexual bem calorosa, isso só fica implícito e não explícito. Um nenhum momento se descreve algo picante.
A igreja e os católicos também ficaram indignados com a personagem adultera. Ela teve dois amantes, mas em mais de 10 citações ela está desejando outros homens e uma cena que causou alvoroço para os católicos, além do fato do matrimonio ser sagrado e imaculado e ela desmedidamente trair seu amado marido, ela beija o rosto da imagem de Jesus Cristo. Outro ponto de polêmica é que ela espera um filho e deseja que ele seja homem e quando vê que é uma menina, o despreza, deixa para a mama seca cuidar e numa cena em que ela a criança está falando e andando, mas ainda com a “babá” ao ver sua mãe, corre em sua direção para abraçá-la e ela é empurrada e cai no chão, machucando seu rostinho, que depois é cuidado pelo pai. Isso choca muito leitores, mas hoje sabemos que existem de fato casos em que a mãe rejeita seu filho, que temos a depressão por parto, mas não só isso. Áleas Freud é um dos grandes ilustres que adorou essa obra e tentou dar sua opinião em relação a histeria, mas nada que valha a pena citar, mas sim o termo criando pelo filósofo francês Jules de Gaultier em seu estudo “Le Bovarysme, la psychologie dans l’œuvre” de Flaubert (1892), no qual se refere ao romance, especificamente a protagonista Emma Bovary, que se tornou no protótipo da insatisfação conjugal. Bovarismo consiste em uma alteração do sentido da realidade, na qual uma pessoa possui uma deturpada auto-imanem, na qual se considera que não é. O bovarismo faz referência ao estado de insatisfação crônica de um ser humano, produzido pelo contraste entre suas ilusões e aspirações (que geralmente são desproporcionadas tendo em conta suas próprias possibilidades) e a realidade frustrante.

Resumir essa obra tão cheio de detalhes é algo complexo e reducionista, mas temos que citar que é dividida em três partes, escrita em terceira pessoa, na primeira parte temos 9 capítulos e trata da vida inicial de Chales Bocary, filho de médico famoso, mas ele próprio nunca foi um grande estudante e não conseguiu se tornar médico, mas um tipo de assistente de médico chamado de oficial da saúde. Ficou viúvo e era extremamente ligado e submisso a sua mãe. Emma Bovary é apresentada como uma jovem belíssima, radiante e sonhadora, uma ávida leitora dos livros do estilo do romantismo a espera de casar-se e viver felizes para sempre vivendo as aventuras que povoavam sua imaginação. Depois temos o casamento, mostrando que ele é obcecado, loucamente apaixonado por Emma, mas ela se frustra completamente com o casamento ficando completamente fica entediada; Teremos a grande mudança de perspectiva com um convite para um baile pelo Marquês d'Andervilliers; Mostra Emma buscando entrar na moda, suas reclamações de tédio a Charles. No último capítulo eles decidem se mudar e eles descobrem que ela está grávida. Fim da primeira parte.

Na segunda parte com 15 capítulos temos o desenrolar da trama e o desejo ou tentatyicva dela sair do tédio. Conhece um escrevente de advogado, um jovem chamado Léon Dupuis com o qual terão um romance platônico. Ela dá à luz a uma menina e dá o nome de Berta, mas se decepciona por não ser um menino e entrega aos cuidados de uma ama seca, que será sua baba até o fim da história e busca Léon na sua casa, mas nada de mais, só que a amizade de Emma com Léon cresce, embora Emma está resignada com a sua vida; Léon viaja a Paris para concluir seus estudos. Temos problemas na vida do casal, sua sogra a proíbe de ler e na vida profissional de Charles, as coisas não vão bem, ele comete erros médicos, embora não o seja. Ele tentou operar um pé torto de um rapaz chamado Hippolyte, mas temos uma infecção e chamam um médico de verdade e esse, chamado Dr Canivet resolve amputar. Surge um homem sem escrúpulos na vida de Emma, que se encanta com seu cortejo, dando a ela uma esperança de sair do tédio e começam um tórrido romance, aqui teremos o adultério de forma explícita e ela se entrega tanto a sua paixão que pretende fugir com Rodolphe, que nem está ai para ela, somente quer sexo fácil. Ela sentia-se infeliz, cansada do marido, pois sabia que Charles jamais conseguiria satisfazer seus desejos de amor. Emma, cada vez mais angustiada e deprimida, busca no adultério uma forma de encontrar a liberdade e a felicidade. Nesse momento ela gastava muito para ficar na moda, passa a gastar muito mais para manter seu caso extra-conjugal e entra em dívidas enormes assinando promissórias, penhorando a casa para fugir da sua vida tediosa com seu marido fracassado profissionalmente, sem ambição e sem nenhuma possibilidade de mudança. Embora Charles a ame e a venere, cuida e ama sua filhinha, que ela despreza, ela não retribui e foca na fuga, o fato é que seu amante a ignora e nuo duia da fuga, dá uma desculpa por carta, dizendo que não pretende magoá-la e Rodolphe foge; Emma cai gravemente doente. Somente agora é que Charles fica sabendo das contas que sua esposa fez; Emma busca a Igreja para seu infortúnio, torna-se religiosa, mas a igreja que Emma busca encontrar a paz espiritual, não dá respostas e vai surgir novamente Léon e re-ascende sua paixão, que entes era “Platònica”, mas que agora existe uma possibilidade de se ascender e ambos se encontram na ópera de Lucie de Lammermoor. Fim da segunda Parte.

Na terceira parte com 11 capítulos é focado justamente no segundo amante de Madame Bovary. Emma e Léon conversam numa visita a catedral de Rouen, isso causou uma severa crítica ao autor, pois o adultério dentro de uma igreja seria uma afronta, mas Flaubert faz justamente a crítica a padres e Igreja Católica, enfim... Teremos a morte de seu pai e os vários encontros com seu amante. Para tanto, ela inventa uma desculpas para Charles, que precisa de "lições de piano" e marca para todas às quintas-feiras e na verdade é para encontros com Léon; Novamente Emma re-começa a se endividar para manter o romance, mas dessa vez ela é correspondida, ele realmente ama Emma, mas não pretende ir além disso, ele quer constituir família e não seria com uma mulher casada e muito menos pobre. Emma torna-se visivelmente ansiosa e com dívidas fora de controle. Para tentar saldar os agiotas ela pede dinheiro a várias pessoas, inclusive ao Rodolphe, seu ex-amante, que está completamente falido e nega, áleas todos negam. No desespero de não perder sua casa ela resolve se matar, Busca um boticário sem moral e com uma desculpa, rouba arcênico e engole tudo. Diferente da história de do escritor russo Leon Tolstoi Anna Karenina de 1875, em que temos uma mulher adultera com fuilho0sd, mas se suicida no final da obra, descrita apenas em uma linha: “...ela se joga na linha do trem entre carruagens em movimento e morre.” Aqui não é assim, teremos várias páginas mostrando a agonia e sofrimento da morte lenta de Emma. Vômitos e dor assolam o quarto e seu marido não se agüenta uma agonia que o leitor também sofre lendo. Finalmente ela morre e existem todos preparativos para o funeral de Emma. Ela pede para Charles que ele a vista. Ele decide colocar seu vestido de noiva, ela é enterrada assim e temos o último capítulo com a derrocada final com a cobrança das apólices que Emma assinou, a perda da casa, de todos os bens e a descrição de Charles descobrindo as traições de Emma através das cartas de amor entre seus amantes e morre, vemos que até o último capítulo, Charles ama plenamente Emma; Berta, sua filha vai morar com uma tia e tem que trabalhar para seu sustento; Homais, o agiota que levou Emma ao desespero é condecorado.

Análise da obra.
Essa foi a primeira obra no mundo que rompeu com o Romantismo, colocando pessoas reais, com sentimentos reais e que deu início a outra escola literária chamada de realismo. Embora todos os admiradores de Flaubert, como Baudelaire, Emilly Zola, e tantos outros o chamaram de realista, ele nunca desejou assumir tal mérito, mas inegavelmente é uma obra revolucionária e foi um divisor de águas. Quanto a moralidade da Emma, cujo fonema do nome lembra o verbo em Frances “ainmé” que significa amou, ou a não amada (pás aimé) é justamente isso, uma mulher que sonhava um romance aos moldes do que leu e nunca foi amada, embora amou e de forma alguma uma devassa ou pérfida como muitos críticos a consideram, nada disso. Flaubert fazia uma crítica baseada em sua vivência, com amantes casadas, com fatos reais no caso dos gostos e endividamento. A obra é uma crítica feroz e sórdida a essa sociedade provinciana pequena burguesa, em que o autor fazia parte, bastante moralista. Emma Bovary representa a crítica obra romântica do momento, por ser uma ávida leitora e esperar que sua vida seja o reflexo do que está escritos nessas obras de amores tórridos e proibidos, além de muitas aventuras, uma literatura de ilusão, na visão de Flaubert que faz brotar em si mesma sensações frutos de sua imaginação com base nas leituras de romances.

Outra crítica é a instituição da Igreja católica, que coloca o celibato para os padres, mas sabemos que existe aos bastidores obscuros que esconde o contrário do que prega a doutrina e ao mesmo tempo celebram o sagrado casamento.
Já citamos na nossa introdução que essa obra deu origem a um termo usado na psicologia. Em termos psicológicos, bovarismo consiste em uma patologia, um desvio psicológico de alteração do sentido da realidade, na qual uma pessoa busca outras realidades assumindo o lugar do outro, provocando desequilíbrios entre o eu e o tu, a identidade e a alteridade, em geral provocado pelo estado de insatisfação e frustração com a própria vida. Emma Bovary inverta o seu olhar entre a realidade e a ficção, entre o seu eu real e a possibilidade de um outro eu imaginado pela fantasia. Assim, o bovarismo define a situação de Emma: o que ela realmente é lhe é insuficiente, por isso ela busca ser outras.
Em relação ao descaso com a sua filha, Emma é cobrada ou tem em sua emnte que ser Homem é a melhor coisa do que gerar uma menina. Existe uma visão nos dias de hoje da depressão pó-s parto, mas temos outras mais, em que a mãe fica insatisfeita e tem uma regeição patológica pela sua prole, mas isso não é algo voluntário, não é algo proposital, mas de fundo psiquiátrico. Não podemos condenar a personagem mas sim a ciência que não atendeu esse problema.

Flaubert foi processado por ir contra os bons costumes, mas ele mesmo disse que Emma Bovary era ele (Elle ces´t moi). Isso é algo controverso, pois Emma nessa história é dona da sua ação e desejo, assim como um homem, já que a mulher deveria ser submissa ao homem e ao matrimônio. Flaubert foi um grande amigo de George Sant, a amante de Chopin, que fumava e usava calças, enfim, ela se portava como homem. Muito provável que o autor desejou mostrar que a mulher poderia ter uma vida como um homem pode, justamente esse ponto que feministas se apegaram, mas só isso, pois a complexidade da obra é tanta que não se pode dizer jamais que é uma obra feminista, já que temos os compromissos matrimoniais e não justificaria os gastos excessivo que ela fez. Se ela buscasse uma independência financeira, creio que ai sim seria uma bom obra para o feminismo.
Ir contra os bons costumes foi uma perda nos tribunais, pois que bons costumes? Condenar uma mulher a ter uma única chance se submetendo a uma submissão ao lar? Ser escrava de seu marido? Cuidar o resto da vida de seu pai, já que ficou órfã de mãe? Além de ganhar o processo contra ele, era costume justamente ir para relações extraconjugais.

Uma obra brilhante que nos leva a pensar, indispensável sua leitura. O pior é que mais de 160 anos depois, já que ela só pode ser publicada 6 anos depois de escrita, somente em 1857, nada ou quase anda mudou sobre o falso moralismo do casamento e da instituição criticada por Flaubert.
Filmes.
Madame Bovary ( Reino Unido, Bélgica). Direção: Sophie Barthes. Elenco: Mia Wasikowska, Ezra Miller, Henry Lloyd-Hughes. Filme de 2014.
Filme focado na personagem Emma, uma mulher insatisfeita, mesmo que não lhe falte nada material. Consumo desemfreado entrando em dívidas. A personagem representa a crítica que o autor faz aos burgueses emergentes de sua época. Por essa insatisfação Emma procura romances fora do casamento. Adaptação franca, pois não conseguiu representar todo o potencial da história, uma das piores da obra homônima de Flaubert em que no final é suprimido o fato de sua filha passa a morar com uma tia e trabalhar para se sustentar.

Madame Bovary ( Reino Unido, EUA). Direção: Tim Fywell. Elenco: Frances O'Connor, Hugh Dancy, Hugh Bonneville. Filme de 2000. Sinopse: Interior da França, 1ª metade do século XIX. Emma Rouault (Frances O'Connor) estava em um convento quando seu pai a visita e comunica que a mãe dela tinha morrido. Logo ela comete propositadamente pequenas falhas, o suficiente para sair do convento, e passa a viver na propriedade de seu pai. Emma precisa administrar a fazenda quando seu pai cai de uma árvore e fratura o fêmur.

Paralelamente ela aceita se casar com o médico que cuidou dele, Charles Bovary (Hugh Bonneville), e assim se torna a Madame Bovary. Emma se entedia com sua pacata vida e ocupa a mente com fantasias eróticas retiradas dos romances que lê. O inevitável acontece e ela quebra o juramento de fidelidade com Rodolphe e depois com Leon (Hugh Dancy). Para pagar seu estilo de vida ela começa a dilapidar o patrimônio de Charles.
- Filmado anteriormente como Madame Bovary (1934), A Sedutora Madame Bovary (1949) e Madame Bovary (1991).
Produção para TV inglesa no canal Arte 1, legendada, uma adaptação bem razoável da obra de Gustave Flaubert, graças ao talento da atriz Frances O'Connor, que está ótima, além de excelente reconstituição de época.Ritmo um pouco lento, poderia ser melhor adaptado para o cinema, já que temos uma história pesada demais, o que faz perder parte do interesse. Nota 7.
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