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Os Sertões - Análise da obra

  • Foto do escritor: Fernando Carlos
    Fernando Carlos
  • 12 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Autor Euclides da Cunha



Os Sertões (1902) de Euclides da Cunha, militar (Aluno de Benjamin Constant), engenheiro, jornalista do jornal de Julho de Mesquita, Atual o Estado de São Paulo e escritor é considerada a obra monumental e estudada por tantos especialistas que é eleita a primeira grande obra prima brasileira, já que não pode ser classificado em nenhuma escola literária mundial. Poderia ser uma obra naturalista, pois o autor foi em loco registrar a Guerra de Canudos, além disso, o autor estudou profundamente as filosofias do final do século XIX, mas ele mesmo não concordava tanto com tudo que se propagava, principalmente porque ele tinha bastante controvérsia no que diz respeito a religião. Não é realista porque ele mesmo pretendeu escrever uma história historiográfica. Dessa forma, não é classificável.


No início da obra ele fala do sertanejo como uma sub-raça, racismo mesmo, pois ele era partidário da civilização e do progresso e, portanto essa sub-raça, assim como o caipira, estava fadada ao extermínio. O problema e a contradição estão no fato dele afirmar que o sertanejo antes de tudo é um forte e ainda chamá-lo de Hércules, pois apesar da raça inferior e apesar do clima, da seca e do isolamento ele sobreviveu e fica claro que ele tem um pesar em saber que essa raça, que ainda tem algo puro e original, irá se extinguir, já que as teorias que ele tem como base a obra é Darwinista e determinista e, portanto o homem é determinado pelo meio determina e a raça.


A obra é escrita em terceira pessoa de forma científica, mas com uma linguagem tão complexa e rocambolesca que alguns dizem que é uma escrita barroca, tão complexa que é difícil entender na primeira leitura. Também ele segue uma lógica determinista e filosófica, então vai inicialmente descrever o meio, já que o meio determina o homem e teremos um capítulo puramente descritivo com riqueza de detalhes, sejam da flora e fauna além do clima. Essa primeira parte ele denomina de A Terra. Depois ele vai descrever o sertanejo e é aqui que ele entra em várias contradições, porque ele se encanta com a força do homem que resiste a tanta adversidade. Denominado de O Homem e aqui teremos as discussões racistas e os tipos diversos de sertanejos.


Por fim teremos o que realmente ele se propôs a fazer, descrever a luta. Teremos a figura mais controversa da história, o Antônio conselheiro que liderava o arraial de Canudos. Teremos 4 expedições, a primeira com 100 homens que são arrasados pelo povo do arraial facilmente. Na segunda perdem também e com 500 homens, na terceira com 1300 homens também são derrotados, uma das mais ricas batalhas, onde se destacou o major Moreira Cesar, que sofria de epilepsia morreu em batalha e perdeu a campanha com tantas armadilhas e deixaram para trás todo armamento e até canhões Krupp, importados recentemente da Alemanha.





A última expedição, a quarta e última de Agosto de 1897 com 5000 homens foi a que Euclides da Cunha seguiu junto e se deparou com a força e resistência do sertanejo, já que a guerra durava 1 ano e eles com paus e pedras, sem armas, venceu todas as expedições armadas, além de líderes poderosos. Nessa expedição, o Antônio conselheiro já está morto e a expedição tem êxito.

Não tenho condições de resumir o que cada análise que eu pude pesquisar, tamanha as colocações, críticas e visões de um livro de 680 páginas. O próprio Euclides da Cunha confessa que, tamanha obra seria impossível não haver erros., quanto mais eu que nem sou crítico de literatura. A leitura é uma das mais difíceis de se ler, não é impossível, mas até os grandes mestres afirma que precisaram de duas ou mais leituras.


Leonardo Campos ressalta que na obra o autor tem uma leitura crítica da vida dos sertanejos de usa época, bem como da relação deste povo com a geografia local e a incompreensão das elites sulistas (que o autor pertence). Diz ser uma obra histórica e de um pensamento filosófico. Devendo ser analisado pelo viés diacrônico e entendido como obra que refletiu o pensamento de uma época (darwinismo social e racista).


 
 
 

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