Triste Fim de Policarpo Quaresma
- Fernando Carlos
- 15 de jan. de 2019
- 4 min de leitura
De Lima Barreto.

Resumo baseado nos site educacao.globo.com/literatura. Por Natacha Bastos e Toda matéria por Daniela Diana. (consulta em 14/01/2019. 22h.

Triste fim de Policarpo Quaresma é narrado na terceira pessoa e se caracteriza como um homem magro, cabisbaixo, mas que quando olha nos olhos de uma pessoa, dá impressão que ele está olhando para a alma dessa pessoa, tamanha objetividade e firmeza na intenção, um funcionário público que pretende valorizar a cultura do país. A obra é dividida em três partes. A história se passa no período da República das Espadas, especificamente no governo militarista de Floriano Peixoto, a quem Policarpo muito admirava no período de tempo fins do século XIX e tem como espaço a cidade do Rio de Janeiro. Ali, Quaresma é o subsecretário do Ministro de Guerra. Ele é considerado um ultra-nacionalista, patriota impar que causa estranheza pelos seus idéias e coragem.

A obra é dividida em três partes, as fases da vida de Policarpo. Inicialmente a sua rotina, que é sempre igual mesmos horários de entrada e saída, hora de comer, “tanto que, na casa do Capitão Cláudio, onde era costume jantar-se aí pelas quatro e meia, logo que o viam passar, a dona gritava à criada: “Alice, olha que são horas; o Major Quaresma já passou. E era assim todos os dias, há quase trinta anos. “Vivendo em casa própria e tendo outros rendimentos além do seu ordenado.” respeitado por todos, mas não se interessava tanto por mulheres, mas por livros, e seu patriotismo era exaltado demais.

Inicialmente ele aparece aprendendo a tocar violão com um amigo músico chamado e compositor Ricardo, já mostrando o gosto por um instrumento que está apenas nas mãos do popular, já que a música erudita era das classes mais altas e nunca aceitou o instrumento violão nos saraus ou concertos. Esse fato causa impacto na vizinhança e eles ficam mais espantados quando ele se dedica aos estudos da língua Tupi-Guarani.

Policarpo tinha o apelido de major, por ser tão governista e estar vivendo num governo militar, buscava brasilidade desde a comida até vestimenta de índios. O auge do patriotismo foi ter feito um ofício ao ministro para que tornasse a língua Tupi-Guarani como língua oficial do Brasil. Isso porque ele tem uma postura nacionalista forte e segundo ele, os índios são os verdadeiros brasileiros.

Com isso foi internado no manicômio. Durante esse período Olga, seu compadre e o professor de violão, Ricardo Coração dos Outros, que acreditam em suas ideias, são os únicos a visitá-lo.
Entramos na segunda fase, onde Olga recomenda que Policarpo compre um sítio no interior do Rio de Janeiro e mude para lá com sua irmã. Distante da cidade grande, ele se encanta com a terra e se dedica a botânica e procura retirar o máximo proveito do sítio.

Ficou conhecido como “Sítio do Sossego” e estava localizado na cidade interiorana de Curuzu, “Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranqüilo e satisfeito de quem se julga bem com a sua sorte”, transformando em terra produtiva e se aproximando de outras pessoas, inclsive políticos. Suas plantações e a paixão pelos estudos permitem que a lavoura prospere, mas vai enfrentar um ataque de formigas saúva.
Um dia desses aparece o tenente Antônio Dutra (escrivão) pedindo ajuda ao Policarpo para realização da festa da Conceição em troca de favores, mas o Major nega veementemente, por não aceitar esse tipo de troca de favores.

A reação vem imediatamente, pois os políticos se junta para prejudicar o sitio de Policarpo, cobrando impostos que não haviam sido cobrados até então e todas as taxas possíveis. Surge a idéia de uma reforma agrária, mas a terra era pouca e pequena pelos seus desejos do progresso do Brasil.
Entramos na terceira e última parte, em que existe uma revolta iminente no Rio de janeiro e ele volta para a capital. Ele quer participar ao lado do Governo de Floriano Peixoto, que estava sendo enfrentado pela Marinha do país e recebe relatórios favoráveis sobre as experiências de Policarpo com a agricultura.
“Fora preciso pôr em ordem os seus negócios, arranjar quem fizesse companhia à irmã. Fizera Dona Adelaide mil objeções à sua partida; mostrara-lhe os riscos da luta, da guerra, incompatíveis com a sua idade e superiores à sua força; ele, porém, não se deixara abater, fizera pé firme, pois sentia, indispensável, necessário que toda a sua vontade, que toda a sua inteligência, que tudo o que ele tinha de vida e atividade fosse posto à disposição do governo, para então!... oh!”

Policarpo consegue comprar definitivamente o título de major e entre de fato nas tropas. Rio de Janeiro está em estado de guerra. Ele mata um indivíduo, mas se arrepende e escreve para sua irmã num sentimento de perdão.
Durante o combate, ele faz vários memorandos direto para o Marechal, que não entende exatamente os motivos e manda prender Policarpo por ser subversivo e este fica mais confuso ainda. Seus amigos Ricardo, o tenente Albernaz, até que tem a ideia de procurar Olga, que mesmo contra a vontade de seu marido, vai até a prisão tentar liberar seu padrinho. Ao chegar lá e ouvir que seu padrinho é um traidor e bandido,

Olga reflete que é melhor deixá-lo morrer com seu orgulho, como um herói. Desiludido com a falta de patriotismo do povo, Quaresma encontra na figura do presidente um totalitário e cruel ditador. Acusado de traição pela Marechal Floriano, Quaresma é preso e condenado ao fuzilamento. Ele é fuzilado.
Comentarios